Educação do corpo na escola


Educação do corpo na escola

Livro

Educação física e esporte: compassos e descompassos da relação formação x
intervenção SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros AMORIM, A.M., et al.
Formação em educação física e a intervenção no esporte de crianças e jovens. In:
FARIAS, G. O., and NASCIMENTO, J., orgs. Educação, saúde e esporte: novos
desafios à Educação Física [online]. Ilhéus, BA: Editus, 2016, pp. 321-349.
http://books.scielo.org/id/23pcw/pdf/farias-9788574554907-05.pdfhttp://books.scielo.org/id/23pcw/pdf/farias-9788574554907-05.pdf
A discussão sobre formação docente em Educação Física (EF) e o esporte na escola
perpassa a reflexão sobre elementos que articulam o conhecimento e a atuação do
professor neste espaço. Para isso, é revisado um debate profícuo da década de 1980,
com os defensores da neutralidade técnica do fazer pedagógico e os defensores do
compromisso político disputando as atividades pedagógicas (NOSELLA, 2005). Saviani
(2011, p. 35) afirma que o ofício do professor envolve “competência política e
compromisso técnico”, pois o manejo competente, teórico e prático de todo
conhecimento organizado sobre a escola compreende o domínio teórico e prático dos
princípios e conhecimentos que norteiam a instituição escolar.

Dissertações

1.O cotidiano das práticas de educação física escolar e o disciplinamento dos corpos: um estudo de caso

A presente pesquisa caracterizou-se por ser um estudo de caso que teve como objetivo geral, investigar o cotidiano das práticas pedagógicas de Educação Física em uma escola específica, nas séries iniciais no ensino fundamental (1º a 4º série), suas brincadeiras e jogos e sua relação com o disciplinamento dos corpos dos alunos, contribuindo para a reflexão e ressignificação destas práticas pedagógicas no tocante às brincadeiras e jogos realizados usualmente nestas séries com vistas à construção de sujeitos emancipados, capazes de vivenciar livremente as manifestações corpóreas. A pesquisa constituiu-se em cinco partes, sendo que a primeira procura situar o problema, descrevendo um pouco da trajetória do pesquisador, a segunda traz algumas reflexões sobre o disciplinamento dos corpos, na terceira estão colocadas abordagens referentes aos jogos, às brincadeiras e os brinquedos, na quarta é apresentada a metodologia do trabalho e na última as discussões e análise dos dados coletados. Por se tratar de um estudo de caso este trabalho não permite conclusões de caráter generalizador, entretanto, permite-se ousar fazer algumas considerações de caráter mais amplo sobre a temática. A docente investigada parece não estar inteirada de toda a discussão desenvolvida a respeito do caráter pedagógico que a Educação Física vem assumindo. Seu discurso oscila entre uma visão oriunda da psicomotricidade e uma perspectiva esportivista que prepara os alunos para as técnicas desportivas. Evidenciou-se o caráter disciplinador dos corpos das crianças que predominava em suas aulas, assim como o entendimento dos jogos e das brincadeiras enquanto um momento de descarga de energia acumulada em sala de aula pelas crianças. Tratando-se mais especificamente dos jogos e das brincadeiras, sugere-se que se dedique a estes a importância no sentido de resgatar não só o prazer, a espontaneidade e a ludicidade dos alunos, mas também de integrar à escola a sua cultura e seu meio, ou seja, resgatar o papel de sujeitos ativos dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: disciplinamento dos corpo, brincadeiras, brinquedos e jogos, Educação Física Escolar.


Bastos, Sadi Ricardo. O cotidiano das práticas de Educação Física escolar e o disciplinamento dos corpos: Um estudo de caso. 2001. 130f. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, 2001.


2.O corpo entre conceitos e preconceitos: o desempenho dos professores de educação física no desenvolvimento da competência corporal-cinestésica em escolas municipais de Itabuna/Ba

A educação física, como componente do currículo da educação escolar, deve contribuir para a formação do indivíduo, possibilitando o aprendizado de elementos/conhecimentos que os tornem autônomos no que se refere ao seu corpo e as suas atividades corporais motoras, ou seja, formar indivíduos competentes corporalcinestésicamente. Na tentativa de elucidar as razões da competência corporal-cinestésica não ser desenvolvida, balizamos o estudo no desempenho do professor de educação física em desenvolver tal competência, por acreditar ser este, o principal componente responsável deste processo. A análise é centrada na interferência de duas variáveis: as representações sociais sobre educação física, (imagens, valores construídos socialmente que direcionam as atividades e o comportamento das pessoas); e a formação do professor de educação física (conjunto de elementos que dão condições para suas atividades profissionais, considerados, o nível e área de formação, processo de formação continuada, leitura de literatura técnica para subsidiar suas atividades profissionais). O desempenho do professor pode ser facilitado ou obstaculizado pela formação e ou pelas representações sociais. A apreciação do nível de dissonância entre os conhecimentos técnico-científicos adquiridos e as representações sociais sobre o corpo e educação física, é realizada por meio da análise de dados concernentes à ação pedagógica do professor, (levantados em sala de aula durante 454 minutos de observação seguindo-se um roteiro) pela análise de informações da formação do professor e suas representações sociais sobre o corpo e educação física (obtidas utilizando-se um formulário e o álbum de imagens, elaborado para este estudo, capaz de captar a complexidade do fenômeno das representações sociais sobre o corpo). Realizou-se um censo com os 14 professores de educação física que atuam em 4 escolas na rede municipal de ensino de Itabuna/BA, que atendem a alunos de 5a a 8a séries do ensino fundamental.

Palavras-chave: Educação Física – estudo e ensino; Educação Física escolar; Professores de Educação Física – formação; Ensino fundamental.

Sauer, Cleri Inês. O corpo entre conceitos e preconceitos: O desempenho dos professores de Educação Física no desenvolvimento da competência corporal-cinestésica em escolas de Itabuna.2002.236f.Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia – UFBA, Ilhéus,2002.


Teses:

Níveis de atividade física nas aulas de Educação Física
MOREIRA, R. 2014; 101 Páginas
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/97842/000921176.pdf?sequence=1&isAllo
wed=y
Palavras chaves: atividade física, educação física escolar, promoção da saúde.
A elaboração deste estudo baseia-se em analisar, a partir de uma proposta de
educação física escolar com foco no desenvolvimento de atividades esportivas, os
níveis de intensidade da atividade física (AF) dos escolares nas aulas de educação
física. A pesquisa se caracteriza como um estudo de caso institucional. A amostra do
tipo aleatória estratificada constante foi composta de 206 crianças, sendo avaliados
112 meninos e 94 meninas, observados durante as aulas conforme os grupos de idade
e sexo  ... 

Pesquisas etnográficas em educação física escolar: um balanço de dissertações e
teses
ALEXANDRE F. São Paulo, 2017 Unidade da USP Faculdade de Educação 2017-11-
29; 140 Páginas http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-31102017-114822/pt-br.php
Palavras chaves: currículos e programas, educação física escolar, etnografia, erática
de ensino.
Esta pesquisa aborda a Educação Física Escolar em suas produções acadêmicas
etnográficas, na qual os quadros teóricos curriculares Crítico-superador e Cultural são
apresentados em seus elementos estruturantes característicos, princípios e
procedimentos éticos, didáticometodológicos e avaliativos. As duas matrizes
curriculares assumidas para este trabalho caracterizam-se por suas posturas
radicalmente críticas em relação à tradição biologicista, tecnicista e esportiva da área,
mas que se diferenciam em suas premissas pedagógicas e políticas, circunscritas aos
campos da modernidade e pós-modernidade, respectivamente. Com relação ao
método sobre a etnografia conferiu-se ênfase às abordagens sobre parâmetros
específicos, característicos das pesquisas etnográficas em Educação, considerados
indicadores relevantes na orientação dos processos de análise sobre dissertações e
teses escolares em Educação Física. O banco de dados foi constituído de dissertações
e teses em Educação Física Escolar, com pesquisas elaboradas nas três universidades
estaduais públicas de São Paulo - USP, UNICAMP e UNESP - que, ao se
autodeclararem como etnográficas em seus resumos, apresentam como procedimentos
metodológicos de campo, observações, entrevistas e análises documentais e
problematizaram diferentes temas relativos à Educação Física nas escolas. Foram
auferidas treze pesquisas, sendo que seis delas foram analisadas em seus conteúdos
completos com destaque aos aspectos metodológicos e curriculares e consideradas as
características gerais referentes à etnografia, especificamente, o trabalho de campo e
as articulações com o referencial teórico e documental curriculares. Entre as
características diferenciadoras dos estudos analisados, foram evidenciadas a
diversidade de temas; as escolhas sobre os locais para realização da coleta de dados;
as quantidades de tempo demandadas nas observações; os sujeitos escolhidos para
as entrevistas semiestruturadas e a variedade na documentação curricular. Não tendo
sido encontradas correlações explícitas entre os currículos Crítico-superador e Cultural,
foram realizadas análises que permitiram estabelecer nexos entre as matrizes
curriculares referenciais adotadas e as pesquisas entendidas como etnográficas em
Educação Física Escolar. O presente estudo evidenciou uma série de dificuldades na

utilização do referencial etnográfico na área da Educação Física Escolar,
especialmente no que se refere ao emprego de técnicas diversificadas de coleta de
dados e o tempo de imersão no campo, mas indicou a possibilidade de acessar um
conhecimento mais efetivo a respeito das aulas desta disciplina. Deste modo, entende-
se que seria de fundamental importância que pesquisas que utilizam o referencial
teórico/conceitual da etnografia e de currículos sejam mais utilizadas nas investigações
em Educação Física Escolar para que se possa ter uma visão cada vez mais extensa e

aprofundada do que se tem feito nas aulas deste componente.


Artigos

1.Tempo e espaço para educação corporal no cotidiano de uma escola pública
O objetivo é analisar as possibilidades de educação corporal no espaço e tempo das aulas de educação física, treinos, recreios e tempos vagos numa escola pública do Rio de Janeiro. Foram realizadas observações das aulas, dos tempos vagos e dos recreios e entrevistas com alunos e a professora. Conclui-se que o espaço e tempo das aulas não são identificados positivamente, ao menos para grande parcela dos alunos. Os motivos estão intrincados numa teia complexa de tensões entre atores da instituição escolar, comunidade que acolhe a escola, diversidade de valores sobre a formação do cidadão e função da educação física.

Palavras-chave: observação, motivação, Educação Física

Soares, Antônio Jorge Gonçalves et al. Tempo e espaço para a educação corporal no cotidiano de uma escola pública. Movimento, vol. 16, número 1, janeiro-março,2010,pp. 71-96. Escola de Educação Física. Rio Grande do Sul, Brasil.


2.Cultura corporal na escola: Tarefas da Educação Física
Fundamenta-se o conhecimento objetivo da Educação Física na "Cultura Corporal", denominação dada ao amplo e riquíssimo campo da cultura que abrange a produção de práticas expressivo-comunicativas, essencialmente subjetivas, externalizadas pela expressão corporal. Amplia-se o conceito de "Cultura Corporal" situando a Educação Física, pedagogicamente, sob os pressupostos de Pedagogia Crítico-Superadora a qual aponta para a construção de uma nova qualidade no desenvolvimento da prática pedagógica, advinda do conteúdo e forma dessa cultura que emerge do movimento da existência social, a luz de um novo projeto histórico.

Palavra-chave: Educação Física, cultura corporal, pedagogia, Crítico-Superadora.


Escobar, Michell Ortega. Cultural corporal na escola: Tarefas da Educação Física. Motrivivência, número 8, Dezembro/1995, pp.1-12. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.



3.Disciplina, biopolítica e educação: o corpo na escola
O movimento corporal sempre foi dentro do espaço escolar uma moeda de troca. A imobilidade física funciona como punição e a liberdade de se movimentar como prêmio. Estas atitudes evidenciam que o movimento é sinônimo de prazer e a imobilidade, de desconforto. Mas se é através do movimento que o indivíduo se manifesta, que indivíduos iremos formar se impedimos sua expressão? O presente texto abordará a questão da introdução da dança no espaço escolar, relatando e refletindo sobre o trabalho que é desenvolvido no curso de Licenciatura em Dança da Unicamp e partilhando das experiências de professores da rede de ensino que fizeram o curso de "atividades corporais artísticas para professores da educação formal" em Tupã (SP).

Palavras-chave:Corpo, disciplina, biopolítica, educação.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622001000100005
Probst, Melissa 
Kraemer, Celso

4.
5.Reflexão sobre o corpo: a história da ideia de corpo, o corpo na escola e na Educação Física
Atualmente, as discussões e os debates sobre homem e corpo tornaram-se
constantes em diversos espaços sociais. Como fenômeno sócio-biológico, alicerce
da existência individual e coletiva, o corpo nos dias atuais vem sendo reduzido a
objeto em razão do discurso da modernidade. Dentre as consequências imediatas
desse paradigma temos percebido um grande apelo e idolatria à imagem narcisista
do corpo. A escola, enquanto instituição social e espaço privilegiado para a
formação humana e aquisição/construção de conhecimentos sistematizados, não
está imune a tais concepções e, na verdade, acaba reforçando tal discurso e as
relações de poder inerentes. Nas aulas de Educação Física, o trato com o
conhecimento tem se apresentado a partir da objetividade e sistematização do saber
sobre o corpo com base nas ciências da saúde. Nesse sentido, questionamos
acerca da construção histórica da ideia de corpo nas sociedades humanas. Com
isso, o objetivo do estudo foi analisar como a escola e a Educação Física foram
campos de consenso e conflito dos paradigmas construídos. O trabalho se justifica
pela necessidade de embasamento/aprofundamento teórico sobre como anda o trato
com o corpo na escola e nas aulas de Educação Física durante a história. O
presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura. Observamos que o corpo
humano passou por diversos períodos históricos, onde em cada um deles
caracterizou-se de forma diferente de acordo com crenças, costumes, cultura e
sociedade. Neste sentido de que a corporeidade é uma construção histórica,
pensamos que é dever da escola trabalhar, não apenas transmitindo esse
conhecimento, mas também proporcionar uma reflexão crítica para que haja uma
ação autônoma do sujeito e ele consiga atuar construindo novos conhecimentos.

Palavras-chave: Educação Física Escolar; Corpo

https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2756

SOUZA, Euriane Herculano de   11-Jul-2018

6.A educação e a fábrica de corpos: a dança na escola
O movimento corporal sempre foi dentro do espaço escolar uma moeda de troca. A imobilidade física funciona como punição e a liberdade de se movimentar como prêmio. Estas atitudes evidenciam que o movimento é sinônimo de prazer e a imobilidade, de desconforto. Mas se é através do movimento que o indivíduo se manifesta, que indivíduos iremos formar se impedimos sua expressão? O presente texto abordará a questão da introdução da dança no espaço escolar, relatando e refletindo sobre o trabalho que é desenvolvido no curso de Licenciatura em Dança da Unicamp e partilhando das experiências de professores da rede de ensino que fizeram o curso de "atividades corporais artísticas para professores da educação formal" em Tupã (SP).
Palavras-chave: dança, corpo, educação, formação professor, arte-educação.

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/32365
Referência:Citação: Cadernos CEDES. Centro de Estudos Educação e Sociedade, v. 21, n. 53, p. 69-83, 2001.

Márcia Strazzacappa





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